CLICK HERE FOR BLOGGER TEMPLATES AND MYSPACE LAYOUTS »

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Obrigada: "Lá fora. a chuva cai"


Lá fora, a chuva cai...


Lá fora, a chuva cai. Anteontem, eu estaria deprimida, escreveria que eram lágrimas do Céu que choravam por mim, pela minha permanente melancolia. Mas isso era se eu tivesse escrito isto anteontem. Porque anteontem, eu não era verdadeiramente feliz.


Lá fora, a chuva cai. Ontem, eu estaria a libertar-me, escreveria que a água que cai era luz pura que tentaria libertar-me do alcatrão negro que, pegajoso, se agarrara à minha alegria. Era a luz que levaria o demónio que roeu e sabotou a minha felicidade. Era a luz que triunfara. Mas isso era se eu tivesse escrito isto ontem. Porque ontem eu libertei-me.



Lá fora, a chuva cai. hoje eu, feliz e liberta, escrevo vendo a água e o sol, o brilho e o calor unirem-se em perfeita harmonia, comemorando a minha coragem. porque ontem eu falei. Libertei-me do fardo dos meus desabafos surdos e mudos e falei. Dei por mim a descobrir razões sobre a minha melancolia disfarçada por baixo de um sorriso sem riso; descobri a melancolia e tristeza debaixo da máscara. Falei e por deixar de a querer, deixei-a cair: partiu-se ou melhor, partiram-ma. E amei a brisa fresca da liberdade a acariciar todas as feridas causadas pelo demónio que agora, por tê-las descoberto, posso ajudar a cicatrizar. Tudo isto porque desabafei.

Porque eu nunca me levantei. Quando ele me deixou, o meu coração rejeitou a dor e fingiu não se interessar pelas frestas que ele deixou. Frestas que convidaram o demónio a vir até mim. Eu fingi, menti, actuei de cada vez que me perguntavam:
"-Não te importas? "-Não. Ele partiu e eu fiz o mesmo." Mentira, fingimento, actuação!!! Eu estava mal: dia-sorria; noite-chorava. Era mau....

ACABOU!!!

Ontem, obrigaste-me a desabafar. E eu desabafei. Pela 1ª vez falei com o coração, sem medos ou restrições. Apercebi-me que era mais que tristeza: era dor. Toda a dor que não tinha soltado, roía e arrancava pedacinhos de mim. Tu cortas-te as cordas que me prendiam e soltaste aquilo que me magoava. Ontem derramei um mar pelos meus olhos cor de chocolate, para não mais chorar pela dor livre.

Obrigada...

1 comentários:

Geovana Silva disse...

Adoro-te miuda, tenho orgulho em conhecer-te! Fazes parte de mim!

a minha Protegida eh que manda ++